Publicidade Sarah Jessica Parker Covet: Eu tenho que tê-lo!
Sarah Jessica Parker Covet Ad : I have to have it !
Quando acompanho as publicidades em geral, principalmente as relacionadas a beleza, perfumaria, moda e todas as facetas do consumo luxo, percebo que elas mantêm uma idéia mais linear de um visual bonito, mulheres e homens bonitos, um estilo de vida perfeito, ou seja, tudo que tende a ser enganoso na realidade por mais que seja um objeto de desejo, um sonho de consumo, uma promessa de total satisfação reais. Na verdade, o grande problema deste tipo de publicidade reside em vender um objeto de desejo sem ao menos olhar bem para dentro do que o consumidor sente e é, logo, deixa-se de avaliar os pequenos grandes detalhes comportamentais e imaginários de um consumidor perante um objeto desejado e novas idéias perdem a oportunidade de vir à tona. No final, as publicidades são previsíveis e vazias.
Quando o assunto é perfume, o que mais se vê é a venda da sedução que a fragrância traz. Imagens de um olhar, um flerte, um rastro de perfume que fará do(a) consumidor(a) uma pessoa olfativamente única e inesquecível são recorrentes. Publicidades deste tipo são sedutoras afinal seria hipocrisia não afirmar que um dos maiores valores de uma fragrância é a máscara da sensualidade; no entanto não haveria uma outra forma de atiçar o consumidor e transmitir a ele como um perfume pode ser altamente cobiçado, fora dos clichês de comerciais e mostrando o profundo e insano desejo que é querer possuir uma fragrância?
Covet, a segunda fragrância da atriz Sarah Jessica Parker tem uma propaganda de alto quilate em comparação às óbvias publicidades do segmento. O perfume, uma criação do perfumista Frank Voelkl com a criativa Ann Gottlieb, traz no comercial a essência da palavra Cobiça, o pecado prévio antes de comprar qualquer produto. Cobiçar é irmão da palavra consumir e, como todo pecado, pode trazer graves consequências. O ponto alto da publicidade é a forma espontânea e bem humorada protagonizada pela talentosa Sarah Jessica Parker e a situação inusitada e engraçada que cobiçar Covet pode trazer. Por causa do desejo pela fragrância, uma mulher em plena luxuosa cena parisiense da Place Vendome, trajando um maravilhoso vestido de Christian Lacroix e caros sapatos Louboutin passa da condição de uma estilosa dama para a condição de uma adorável ladra. Acompanhe o comercial dirigido por Jean-Paul Goude.
SJP Covet Video AD
Existem ricos detalhes na propaganda que reforçam a qualidade da concepção do comercial e a verossimilhança com a proposta Covet. Primeiramente, Sarah Jessica Parker chega em um carro luxuoso que pára em frente à uma loja em um dos lugares mais elegantes e fashionistas de Paris. Ela não chega de táxi, nem de carona e muito menos a pé. Ela não está em um local ordinário, ela não se veste de qualquer forma, logo tudo o que não se pode esperar é que ela será uma ladra prestes a ser algemada por quebrar a vitrine de uma loja em um sofisticado cenário. O consumidor é pego de surpresa e o poder da surpresa é marketeiro.
Há um foco de cena no olhar da atriz e rapidamente no frasco de Covet que é o objeto de sua cobiça. Os olhos de SJC também são a janela, a alma da Cobiça. Ela o quer, ela o contempla. Ela toca a vitrine na ânsia de tocá-lo, consome o frasco com os olhos e, antes de colocar vidraça abaixo, olha de um lado para o outro para ver se não tem ninguém por perto, afinal é uma elegante fora da lei. Ela perdeu o controle, ela tem que ter Covet.
Os elementos sonoros são muito importantes: a música clássica em clima de suspense colabora para criar a tensão e, loucamente, fazer o consumidor desejar que ela quebre aquela vitrine o quanto antes e também tenha o perfume como que transferindo o sentimento dele e compartilhando o sentimento da atriz neste roubo. Os sons que simulam as pancadas na vidraça, o alarme que toca ensurdecidamente, os sons das sirenes dos carros de polícia e, de repente, lá está a pobre Sarah algemada antes mesmo de tocar o que tanto queria. Este pequeno detalhe das mãos que não tocam o objeto cobiçado é visualmente poderoso porque cria uma expectativa mais desesperadora de ter Covet a tal ponto que, ao ser arrastada ao carro policial, Sarah usa de seu charme e de sua charmosa "cara de pau" para pedir ao policial uma borrifadinha da fragrância. Situação cômica e reveladora da loucura que uma fragrância é capaz de causar. Tão louca que os olhos esbugalhados de Sarah voltam a atacar atrás das grades, igualmente loucos pelo "I have to have it!".
Este é um dos comerciais de perfumes mais interessantes porque é transportado para a tela o próprio conceito semântico da palavra Covet, principalmente em um contexto de perfumes, com bastante humor e uma interpretação divina de Sarah Jessica Parker. Surrealisticamente, quantas vezes chegamos à vitrine de uma loja e, se não fossemos eticamente corretos, a quebraríamos ou pegaríamos a fragrância como se ela não tivesse nenhum custo (principalmente os fanáticos, quase doentes por fragrâncias)? Quantas vezes os olhos não ficaram fixos na fragrância, insanos, sedentos por uma compra impulsiva e irresponsável assim como o foi o ato de Sarah? Quantas vezes os pensamentos ecoavam palavras gritantes" eu preciso ter este perfume custe o que custar", "eu o quero, o quero e o quero"?
Ainda que o consumidor não aceite socialmente e moralmente um roubo, o inusitado humor e o imaginário desejo de ter um perfume (e torcer para que Sarah Jessica Parker o tenha) faz com que ele leve o comercial no melhor dos sentidos e, potencialmente, vá urgente à perfumaria mais próxima para comprar Covet dentro da lei e dos bons costumes, afinal, cobiçar o perfume do próximo não é pecado.
Quando o assunto é perfume, o que mais se vê é a venda da sedução que a fragrância traz. Imagens de um olhar, um flerte, um rastro de perfume que fará do(a) consumidor(a) uma pessoa olfativamente única e inesquecível são recorrentes. Publicidades deste tipo são sedutoras afinal seria hipocrisia não afirmar que um dos maiores valores de uma fragrância é a máscara da sensualidade; no entanto não haveria uma outra forma de atiçar o consumidor e transmitir a ele como um perfume pode ser altamente cobiçado, fora dos clichês de comerciais e mostrando o profundo e insano desejo que é querer possuir uma fragrância?
Covet, a segunda fragrância da atriz Sarah Jessica Parker tem uma propaganda de alto quilate em comparação às óbvias publicidades do segmento. O perfume, uma criação do perfumista Frank Voelkl com a criativa Ann Gottlieb, traz no comercial a essência da palavra Cobiça, o pecado prévio antes de comprar qualquer produto. Cobiçar é irmão da palavra consumir e, como todo pecado, pode trazer graves consequências. O ponto alto da publicidade é a forma espontânea e bem humorada protagonizada pela talentosa Sarah Jessica Parker e a situação inusitada e engraçada que cobiçar Covet pode trazer. Por causa do desejo pela fragrância, uma mulher em plena luxuosa cena parisiense da Place Vendome, trajando um maravilhoso vestido de Christian Lacroix e caros sapatos Louboutin passa da condição de uma estilosa dama para a condição de uma adorável ladra. Acompanhe o comercial dirigido por Jean-Paul Goude.
SJP Covet Video AD
Existem ricos detalhes na propaganda que reforçam a qualidade da concepção do comercial e a verossimilhança com a proposta Covet. Primeiramente, Sarah Jessica Parker chega em um carro luxuoso que pára em frente à uma loja em um dos lugares mais elegantes e fashionistas de Paris. Ela não chega de táxi, nem de carona e muito menos a pé. Ela não está em um local ordinário, ela não se veste de qualquer forma, logo tudo o que não se pode esperar é que ela será uma ladra prestes a ser algemada por quebrar a vitrine de uma loja em um sofisticado cenário. O consumidor é pego de surpresa e o poder da surpresa é marketeiro.
Há um foco de cena no olhar da atriz e rapidamente no frasco de Covet que é o objeto de sua cobiça. Os olhos de SJC também são a janela, a alma da Cobiça. Ela o quer, ela o contempla. Ela toca a vitrine na ânsia de tocá-lo, consome o frasco com os olhos e, antes de colocar vidraça abaixo, olha de um lado para o outro para ver se não tem ninguém por perto, afinal é uma elegante fora da lei. Ela perdeu o controle, ela tem que ter Covet.
Os elementos sonoros são muito importantes: a música clássica em clima de suspense colabora para criar a tensão e, loucamente, fazer o consumidor desejar que ela quebre aquela vitrine o quanto antes e também tenha o perfume como que transferindo o sentimento dele e compartilhando o sentimento da atriz neste roubo. Os sons que simulam as pancadas na vidraça, o alarme que toca ensurdecidamente, os sons das sirenes dos carros de polícia e, de repente, lá está a pobre Sarah algemada antes mesmo de tocar o que tanto queria. Este pequeno detalhe das mãos que não tocam o objeto cobiçado é visualmente poderoso porque cria uma expectativa mais desesperadora de ter Covet a tal ponto que, ao ser arrastada ao carro policial, Sarah usa de seu charme e de sua charmosa "cara de pau" para pedir ao policial uma borrifadinha da fragrância. Situação cômica e reveladora da loucura que uma fragrância é capaz de causar. Tão louca que os olhos esbugalhados de Sarah voltam a atacar atrás das grades, igualmente loucos pelo "I have to have it!".
Este é um dos comerciais de perfumes mais interessantes porque é transportado para a tela o próprio conceito semântico da palavra Covet, principalmente em um contexto de perfumes, com bastante humor e uma interpretação divina de Sarah Jessica Parker. Surrealisticamente, quantas vezes chegamos à vitrine de uma loja e, se não fossemos eticamente corretos, a quebraríamos ou pegaríamos a fragrância como se ela não tivesse nenhum custo (principalmente os fanáticos, quase doentes por fragrâncias)? Quantas vezes os olhos não ficaram fixos na fragrância, insanos, sedentos por uma compra impulsiva e irresponsável assim como o foi o ato de Sarah? Quantas vezes os pensamentos ecoavam palavras gritantes" eu preciso ter este perfume custe o que custar", "eu o quero, o quero e o quero"?
Ainda que o consumidor não aceite socialmente e moralmente um roubo, o inusitado humor e o imaginário desejo de ter um perfume (e torcer para que Sarah Jessica Parker o tenha) faz com que ele leve o comercial no melhor dos sentidos e, potencialmente, vá urgente à perfumaria mais próxima para comprar Covet dentro da lei e dos bons costumes, afinal, cobiçar o perfume do próximo não é pecado.
Assista o Vídeo Covet - Atrás das cenas
Watch the Covet Video - Behind the scentes
E não perca amanhã a resenha de SJP COVET
Cobice esta review! Você tem que lê-la!
Cobice esta review! Você tem que lê-la!
(English version)
In general, when I follow some advertisements, mainly related to beauty, perfumery, fashion and all facets of luxury consumer, I've realized that they've kept a more linear idea of a beautiful visual, gorgeous women and handsome men, a perfect life style, that is, everything that tend to be false in the reality no matter if the desired product, the consumer dream , the promise of total satisfaction be real. Actually, the big problem of this type of ad is to try selling a desired product without be concerned in looking deeply inside any consumer and see what he/she feels and is , hence small big consumer's behavioural and imaginative details in front of the desired product are abandoned and new ideas lose the opportunity to come up with. At the end, the advertisements are predictable and empty.
When the issue is about fragrances, what is seen is the marketing of the seduction brought by a fragrance. Images of a sexy glance, a flirtation, a scent trail that will become the consumer olfactively unique and unforgettable are recurring. This type of advertisement is seductive why would be a lie to not confirm that one of the most values of a fragrance is its sensuality mask, but would be there other way of stimulating the consumer and transmits to him/her how a perfume can be highly coveted, out of foolish commercial patterns, showing the insane and deep desire that is to wish owning a fragrance?
Covet, the second fragrance of the actress Sarah Jessica Parker is a high level advertisement in comparison to the obvious fragrances ads. The perfume is a creation of the perfumer Frank Voelkl with the creative consultant Ann Gottlieb and features in the commercial the essence of the word Covet, the previous sin before buying any product. Covet is the brother of the Consumer and, as any sin, can bring serious consequences. The high point of the advertising is the spontaneous and good-humoured way performed by the talent and also funny Sarah Jessica Parker and the inusitate and also funny situation that covet Covet may bring someone. Due to her uncontroled desire for a fragrance, a woman placed in the luxury parisian scenery of Place Vendome, wearing a wonderful dress designed by Christian Lacroix and Louboutin expensive high-heels shoes passes from the condition of a stylish woman to a lovely thief. Watch the ad video directed by Jean-Paul Goude.
There are rich details in the ad which reinforce the quality of the advertisement's creation and the likehood with the Covet proposal. Firstly, Sarah Jessica Parker comes in a luxury car which stops in front of a store in one of the most elegant and fashionable places in Paris. She doesn't come in a cab, a ride or by foot. She is not in an ordinary place, she doesn't dress any clothing, hence everything that is unexpected is imagine that she is going to be a thief, in few seconds of being in a jail after breaking the vitrine of a store in a sophisticated scenery. The consumer is caught by a surprise resource and the power of the surprise is very marketable
There is a scene focus on the actress' glance and, quickly, on coveted Covet bottle. SJP's eyes are also a window, the soul of the Covet. She desires the fragrance, she stares it. She touches the vitrine expecting to touch the flacon, consumates the bottle with her eyes and, before breaking the vitrine, she looks at one side and another one to check if there is someone around, after all she is an elegant woman, out of law. She loses her control, she has to have Covet.
The sonorous elements are important: the classical music filling the thrilling atmosphere colaborates to create a tension and, crazyly, makes the consumer desire that she breaks that vitrine as soon as possible and also has the fragrance immediately as the consumer would transfer his/her feeling sharing the feeling of the actress in this theft. The sounds that simulate the beats on the glass, the alarm that rings strongly, the sounds of sirens coming from the police cars and, suddenly, there poor Sarah stands, handcuffed before touching what she wished so much. This small detail of her hands that couldn't touch the coveted bottle is visually powerful because creates a more desesperate expectation in having Covet to the point that , when she is taken to the police car, Sarah uses her charm and her shameless charm to ask the policeman a fragrance's spritz. Comic situation, revealing her madness one fragrance is able to cause. So mad that the very mad glance of Sarah is back again behind the jail, equally mad we are by the quote "I have to have it!".
This is one of the most interesting perfumes advertisements because the semantic concept of the word Covet is transported to the screen, mainy in the context of fragrances, with much fun and the divine interpretation of Sarah Jessica Parker. Surrealistically, how many times when we get next to a perfume store vitrine and, if we aren't ethically correct, we would break it and get the fragrance as it would be free (mainly fanatics for fragrances)? How many times the eyes are so focused on the fragrance, insane, exciting for a impulsive and unresponsible purchase such as the mad action of Sarah? How many times the thoughts echo screaming words such as " I need to have this perfume no matter how", " I want it, I want it and I want it"?
Although the consumer don't accept socially and morally a theft, the inusitating humour of the situation and the imaginary desire of having the fragrance (and bet Sarah Jessica Parker have hers too) makes the consumer take the ad in a good way and, potentially, go urgently to a next perfume counter to buy Covet according to the law and the good behaviors, finally coveting a fragrance from someone is not a sin.
Advertisement review by Copyright Cristiane Gonçalves aka Cris Rosa Negra for Perfume da Rosa Negra.
SJP Covet AD by Sarah Jessica Parker Fragrances.
Video SJP Covet AD and SJP Covet - Behind the Scentes, a courtesy of Youtube.com
There is a scene focus on the actress' glance and, quickly, on coveted Covet bottle. SJP's eyes are also a window, the soul of the Covet. She desires the fragrance, she stares it. She touches the vitrine expecting to touch the flacon, consumates the bottle with her eyes and, before breaking the vitrine, she looks at one side and another one to check if there is someone around, after all she is an elegant woman, out of law. She loses her control, she has to have Covet.
The sonorous elements are important: the classical music filling the thrilling atmosphere colaborates to create a tension and, crazyly, makes the consumer desire that she breaks that vitrine as soon as possible and also has the fragrance immediately as the consumer would transfer his/her feeling sharing the feeling of the actress in this theft. The sounds that simulate the beats on the glass, the alarm that rings strongly, the sounds of sirens coming from the police cars and, suddenly, there poor Sarah stands, handcuffed before touching what she wished so much. This small detail of her hands that couldn't touch the coveted bottle is visually powerful because creates a more desesperate expectation in having Covet to the point that , when she is taken to the police car, Sarah uses her charm and her shameless charm to ask the policeman a fragrance's spritz. Comic situation, revealing her madness one fragrance is able to cause. So mad that the very mad glance of Sarah is back again behind the jail, equally mad we are by the quote "I have to have it!".
This is one of the most interesting perfumes advertisements because the semantic concept of the word Covet is transported to the screen, mainy in the context of fragrances, with much fun and the divine interpretation of Sarah Jessica Parker. Surrealistically, how many times when we get next to a perfume store vitrine and, if we aren't ethically correct, we would break it and get the fragrance as it would be free (mainly fanatics for fragrances)? How many times the eyes are so focused on the fragrance, insane, exciting for a impulsive and unresponsible purchase such as the mad action of Sarah? How many times the thoughts echo screaming words such as " I need to have this perfume no matter how", " I want it, I want it and I want it"?
Although the consumer don't accept socially and morally a theft, the inusitating humour of the situation and the imaginary desire of having the fragrance (and bet Sarah Jessica Parker have hers too) makes the consumer take the ad in a good way and, potentially, go urgently to a next perfume counter to buy Covet according to the law and the good behaviors, finally coveting a fragrance from someone is not a sin.
And don't lose SJP COVET's review tomorrow
Covet this review! You have to read it!
Covet this review! You have to read it!
Advertisement review by Copyright Cristiane Gonçalves aka Cris Rosa Negra for Perfume da Rosa Negra.
SJP Covet AD by Sarah Jessica Parker Fragrances.
Video SJP Covet AD and SJP Covet - Behind the Scentes, a courtesy of Youtube.com
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