Diante de um frasco harmônico de formas esculturais, finos cristais e insinuações fatais, meu todo ser foi capturado por uma impulsividade fora do comum, o desejo insano de possuir e ser possuída por Hypnôse EDP, fragrância oriental amadeirada feminina de Lâncome, criada pelos perfumistas Annick Menardo e Thierry Wasser em 2005 e que abre notas audazes de flor de maracujá, jasmine sambac, notas solares, baunilha e vétiver que, juntas, são como o olhar hipnótico, o da volúpia que nasce até na encoberta ingenuidade. Da harmonia do magnífico frasco em forma de silhueta passei ao caótico prazer de entregar-me à esta fragrância que deliciosamente me hipnotiza e me deixa hipnotizar.
Não me contive com o brilho do frasco de curvas voluptuosas , mirava-o com fascínio e exaltação que a qualquer momento o vidro parecia estilhaçar-se em infinitos pedaços os quais se amalgamavam com minha visão e, na inquietação de absorver todo o poder de Hypnôse em meu próprio olhar, tirei a tampa rapidamente e borrifei-o pelo pescoço desejoso de beijos ardentes. Borrifei várias vezes como uma overdose olfativa , ou melhor, como intoxicar-me com um coquetel doce de maracujá que me alcoolizava com a mais luxuosa das bebidas. Enquanto eu molhava meus lábios neste coquetel tropical, nascia em mim o olhar felino, o tempestuoso mirar que provocaria a eterna lembrança do meu cheiro.
Suspirei profundamente, borrifei mais um pouco de Hypnôse nos pulsos, cheirei-os com o olhar serpentino da mais astuta das mulheres e, amei-me, queria eu mesma olhar-me no espelho, ver minha imagem como um Narcissus fêmea, ver o reflexo de meu olhar no frasco sinuoso deste Lâncome. Toquei meus cabelos com as minhas mãos perfumadas, deixei o cheiro penetrar nas negras madeixas. Já estava possuída por Hypnôse para exercer a mais perfumada hipnose em alguém, os meus olhos estavam bem fixos, vivos, chegavam a faiscar, a querer devorar outros olhares com este novo aroma que incendiava-me com o calor de nuances apimentadas que lembravam-me o sutil jasmin sambac a temperar a carne viva da minha pele, louca e vibrante por este momento hipnótico.
Mais tarde, o aroma da flor de maracujá presente neste coquetel já havia realizado seu feito de libertar as minhas inibições, envolver-me em uma aura doce e feminina para,então, evoluir Hypnôse para a orientalidade de uma baunilha peculiar, com acordes apimentados-florais e radiantes (por conta das notas solares) e misturada a um vétiver traiçoeiro, que se escondia por trás deste olhar, como um aroma amadeirado, misterioso, quase secreto como as segundas intenções de olhos tentadores. Neste momento, meu olhar afundou-se no líquido de elegante cor de Hypnôse, já não podia borrifar mais o perfume, seu poder sobrenatural de fixação, de firmar na pele o desejo expresso nos olhos me fizera render à fragrância. Toda a força do meu corpo se me esvairia e fora canalizada para meus olhos, agora hipnoticamente poderosos.
Hypnôse estava me libertando de fragrâncias mediócres, enfim, corrompendo o que que tinha que ser corrompido em mim com aquela aura perfumada e compelia-me para que também fechasse os olhos, aspirasse aquele veneno perfumado, uma deliciosa droga a desviar comportamentos femininos para uma atitude desbravadora, elegantemente de flerte, de provocativa sedução e a persuadir os pensamentos masculinos, absortos em extâse pela mulher Hypnôse. Rendi-me antes de atrair mais e mais este homem com o meu olhar enfeitiçador e restou-me fechar os olhos, sentir premeditadamente a pele e os beijos dele. O estado hipnótico se fez nos dois corpos, ele enlaçou os braços em minhas curvas que o fascinavam assim como a silhueta de Hypnôse e, no calor de nossos braços, nos amamos e adormecemos.
Acordei no outro dia e Hypnôse ainda estava na minha pele, uma memória ainda real. Olhei para o frasco e deleitei-me com preciosa visão; o frasco cristalino estava deitado, ainda a hipnotizar-me com suas várias faces,cada uma refletindo a intenção e a tentação de um olhar. Hypnôse mostrou-me sua face: um rastro da obscena e sedutora elegância que somente o trio perfume, olhar e mulher pode provocar, o rastro de raras mulheres, de feiticeiras modernas que encantam com seus perfumes que parecem borbulhar na pele como uma caldeira que explodirá e cegará os olhos de qualquer espectator com paixão. Cegará ao homem para depois dar-lhe a visão irresistível de cultuar uma única mulher.
Resenha por Cris Rosa Negra.
Fotografia do frasco de Hypnôse por Dâmaris Silva
Dâmaris Silva é psicóloga, professora universitária e fotógrafa de Santa Catarina (Brasil) e é fotógrafa colaboradora para o Perfume da Rosa Negra.
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Photo, in the order: Hypnose Ad (colors were edited), Thierry Wasser, parfumer. Source: SfilateNão me contive com o brilho do frasco de curvas voluptuosas , mirava-o com fascínio e exaltação que a qualquer momento o vidro parecia estilhaçar-se em infinitos pedaços os quais se amalgamavam com minha visão e, na inquietação de absorver todo o poder de Hypnôse em meu próprio olhar, tirei a tampa rapidamente e borrifei-o pelo pescoço desejoso de beijos ardentes. Borrifei várias vezes como uma overdose olfativa , ou melhor, como intoxicar-me com um coquetel doce de maracujá que me alcoolizava com a mais luxuosa das bebidas. Enquanto eu molhava meus lábios neste coquetel tropical, nascia em mim o olhar felino, o tempestuoso mirar que provocaria a eterna lembrança do meu cheiro.
Suspirei profundamente, borrifei mais um pouco de Hypnôse nos pulsos, cheirei-os com o olhar serpentino da mais astuta das mulheres e, amei-me, queria eu mesma olhar-me no espelho, ver minha imagem como um Narcissus fêmea, ver o reflexo de meu olhar no frasco sinuoso deste Lâncome. Toquei meus cabelos com as minhas mãos perfumadas, deixei o cheiro penetrar nas negras madeixas. Já estava possuída por Hypnôse para exercer a mais perfumada hipnose em alguém, os meus olhos estavam bem fixos, vivos, chegavam a faiscar, a querer devorar outros olhares com este novo aroma que incendiava-me com o calor de nuances apimentadas que lembravam-me o sutil jasmin sambac a temperar a carne viva da minha pele, louca e vibrante por este momento hipnótico.
Mais tarde, o aroma da flor de maracujá presente neste coquetel já havia realizado seu feito de libertar as minhas inibições, envolver-me em uma aura doce e feminina para,então, evoluir Hypnôse para a orientalidade de uma baunilha peculiar, com acordes apimentados-florais e radiantes (por conta das notas solares) e misturada a um vétiver traiçoeiro, que se escondia por trás deste olhar, como um aroma amadeirado, misterioso, quase secreto como as segundas intenções de olhos tentadores. Neste momento, meu olhar afundou-se no líquido de elegante cor de Hypnôse, já não podia borrifar mais o perfume, seu poder sobrenatural de fixação, de firmar na pele o desejo expresso nos olhos me fizera render à fragrância. Toda a força do meu corpo se me esvairia e fora canalizada para meus olhos, agora hipnoticamente poderosos.
Hypnôse estava me libertando de fragrâncias mediócres, enfim, corrompendo o que que tinha que ser corrompido em mim com aquela aura perfumada e compelia-me para que também fechasse os olhos, aspirasse aquele veneno perfumado, uma deliciosa droga a desviar comportamentos femininos para uma atitude desbravadora, elegantemente de flerte, de provocativa sedução e a persuadir os pensamentos masculinos, absortos em extâse pela mulher Hypnôse. Rendi-me antes de atrair mais e mais este homem com o meu olhar enfeitiçador e restou-me fechar os olhos, sentir premeditadamente a pele e os beijos dele. O estado hipnótico se fez nos dois corpos, ele enlaçou os braços em minhas curvas que o fascinavam assim como a silhueta de Hypnôse e, no calor de nossos braços, nos amamos e adormecemos.
Acordei no outro dia e Hypnôse ainda estava na minha pele, uma memória ainda real. Olhei para o frasco e deleitei-me com preciosa visão; o frasco cristalino estava deitado, ainda a hipnotizar-me com suas várias faces,cada uma refletindo a intenção e a tentação de um olhar. Hypnôse mostrou-me sua face: um rastro da obscena e sedutora elegância que somente o trio perfume, olhar e mulher pode provocar, o rastro de raras mulheres, de feiticeiras modernas que encantam com seus perfumes que parecem borbulhar na pele como uma caldeira que explodirá e cegará os olhos de qualquer espectator com paixão. Cegará ao homem para depois dar-lhe a visão irresistível de cultuar uma única mulher.
Resenha por Cris Rosa Negra.
Fotografia do frasco de Hypnôse por Dâmaris Silva
Dâmaris Silva é psicóloga, professora universitária e fotógrafa de Santa Catarina (Brasil) e é fotógrafa colaboradora para o Perfume da Rosa Negra.
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(English version)
In the presence of a harmonic perfume bottle of sculptural forms, fine crystals and fatal insinuations, my all entire life was captured by an uncommon impulsiveness, the insane desire of taking possession and be possessed by Hypnôse EDP, the oriental woody female fragrance of Lâncome, created by the parfumers Annick Menardo and Thierry Wasser in 2005 and that features audacious notes of passion fruit,jasmine sambac, solar notes, vetiver and vanilla
which together are as an hypnotic glance, the regard of the pleasure that raises also in the hidden ingenuity. From the harmony of this magnificent bottle in forme of silhouette I crossed to a chaotic delight of surrendering me to this fragrance that, smellyiciously hipnotizes me and let me also hipnotize.
I could not refrain from the brightness of this bottle with voluptuous curves, I eyed it with fascination and praise that, in any moment, the glass seemed to be splited into infinitive fragments which were amalgamated with my vision and, in the inquietude of absorbing all the power of Hypnôse in my own glance, I opened its lid very fast and sprayed it on my neck , desirous for burning kisses. I sprayed the fragrance many times as an olfactory overdose, or better, as being intoxicated with a sweet cocktail of passion fruit that alcoholized me with the most luxurious of the fragrant beverages.While I moinstened my lips drinking this tropical cocktail, a feline glance came into my face, a tempestuous eye that would provoke the eternal memory of my scent.
I suspired deeply, sprayed a little more of Hypnôse on the pulses, I smelled them with the serpentine eye of the most astute of the women and, I loved myself, I wanted to look at myself on the mirror , to see my image as a female Narcissus, to see the reflection of my glance on the sinuous bottle of this Lâncome fragrance. I touched my hair with my fragrant hands and let the smell penetrate in the black strands of hair. I was possessed by Hypnôse to hipnotize most someone, my eyes are vivacious , decided, get to sparking, get to devour others glances with this new aroma that burned myself with the warmth of the peppery hints that remind me of the subtle jasmine sambac flavor, chilling the living flesh of my skin, crazy and vibrant for this hypnotic moment.
Later, the aroma of the passion flower presents in this cocktail had already set free my inhibitions, envolved me on a sweet and feminine aura for then to develop on Hypnôse the orientality of a peppery floral vanilla, very peculiar and radiant (as the solar notes are) mixed up a tracherous vetiver that, is behind this glance, as a woody aroma, mysterious, almost secret as the second intentions of tempting eyes. In this moment, my eye sank in the liquid of this elegant color of Hypnôse, yet I could not spray anymore the perfume, its supernatural longlasting power as fixing on the skin the desire which is expressed through the eyes made me surrender to the fragrance. All the force that filled my body was gone and was directed to my eyes, now hypnotically powerful.
Hypnôse was rescuing me from the ordinary fragrances, then, perverting what must be perverted with that fragrant aura and compelling me to close my eyes, inhale the sweet-smelling poison, a delicious drug to put feminine behaviors out of the road, focusing the on a brave attitude of flirting in a elegant way, in a provocative seduction manner and, a fragrant drug to persuade the male thoughts, wrapped up in ectasy by the woman Hypnôse. I surrended me to this smell before attracting more and more this man with my bewitching glance and remained me to close my eyes, feel premeditately his skin and his kisses. The hypnotic state joined the two bodies into one, he hold my curves with his arms, the same curves fascinated him as the silhouette of Hypnôse. In the warmth of our arms, we loved each other and fell asleep.
I woke up the next day and Hypnôse layered still on my skin, a memory that was still a reality. I looked at the bottle and delighted myself with the precious vision; the crystalline bottle was laid down, still was radiant to hypnotize me with its various faces, each of them was reflecting the intention and the temptation of one eye. Hypnôse showed me its face: a trail of obscene and seductive elegance that only a trio perfume, glance and woman would provoke, the scent of rare women, the smell that belongs to modern witches who allure men when wear their perfumes which seem to sparkle on the skin as a boiler that will explode and blind the eyes of any observer, with passion. Hypnôse will blind the man to later give him the irresistible vision of adoring just one unique woman.
Review by Cris Rosa Negra.
Photograph of Hypnôse bottle by Dâmaris Silva
Dâmaris Silva é psychologist, university teacher and photographer from Santa Catarina (Brazil) and is photographer-colaborator for Perfume da Rosa Negra.
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In the presence of a harmonic perfume bottle of sculptural forms, fine crystals and fatal insinuations, my all entire life was captured by an uncommon impulsiveness, the insane desire of taking possession and be possessed by Hypnôse EDP, the oriental woody female fragrance of Lâncome, created by the parfumers Annick Menardo and Thierry Wasser in 2005 and that features audacious notes of passion fruit,jasmine sambac, solar notes, vetiver and vanilla
which together are as an hypnotic glance, the regard of the pleasure that raises also in the hidden ingenuity. From the harmony of this magnificent bottle in forme of silhouette I crossed to a chaotic delight of surrendering me to this fragrance that, smellyiciously hipnotizes me and let me also hipnotize.
I could not refrain from the brightness of this bottle with voluptuous curves, I eyed it with fascination and praise that, in any moment, the glass seemed to be splited into infinitive fragments which were amalgamated with my vision and, in the inquietude of absorbing all the power of Hypnôse in my own glance, I opened its lid very fast and sprayed it on my neck , desirous for burning kisses. I sprayed the fragrance many times as an olfactory overdose, or better, as being intoxicated with a sweet cocktail of passion fruit that alcoholized me with the most luxurious of the fragrant beverages.While I moinstened my lips drinking this tropical cocktail, a feline glance came into my face, a tempestuous eye that would provoke the eternal memory of my scent.
I suspired deeply, sprayed a little more of Hypnôse on the pulses, I smelled them with the serpentine eye of the most astute of the women and, I loved myself, I wanted to look at myself on the mirror , to see my image as a female Narcissus, to see the reflection of my glance on the sinuous bottle of this Lâncome fragrance. I touched my hair with my fragrant hands and let the smell penetrate in the black strands of hair. I was possessed by Hypnôse to hipnotize most someone, my eyes are vivacious , decided, get to sparking, get to devour others glances with this new aroma that burned myself with the warmth of the peppery hints that remind me of the subtle jasmine sambac flavor, chilling the living flesh of my skin, crazy and vibrant for this hypnotic moment.
Later, the aroma of the passion flower presents in this cocktail had already set free my inhibitions, envolved me on a sweet and feminine aura for then to develop on Hypnôse the orientality of a peppery floral vanilla, very peculiar and radiant (as the solar notes are) mixed up a tracherous vetiver that, is behind this glance, as a woody aroma, mysterious, almost secret as the second intentions of tempting eyes. In this moment, my eye sank in the liquid of this elegant color of Hypnôse, yet I could not spray anymore the perfume, its supernatural longlasting power as fixing on the skin the desire which is expressed through the eyes made me surrender to the fragrance. All the force that filled my body was gone and was directed to my eyes, now hypnotically powerful.
Hypnôse was rescuing me from the ordinary fragrances, then, perverting what must be perverted with that fragrant aura and compelling me to close my eyes, inhale the sweet-smelling poison, a delicious drug to put feminine behaviors out of the road, focusing the on a brave attitude of flirting in a elegant way, in a provocative seduction manner and, a fragrant drug to persuade the male thoughts, wrapped up in ectasy by the woman Hypnôse. I surrended me to this smell before attracting more and more this man with my bewitching glance and remained me to close my eyes, feel premeditately his skin and his kisses. The hypnotic state joined the two bodies into one, he hold my curves with his arms, the same curves fascinated him as the silhouette of Hypnôse. In the warmth of our arms, we loved each other and fell asleep.
I woke up the next day and Hypnôse layered still on my skin, a memory that was still a reality. I looked at the bottle and delighted myself with the precious vision; the crystalline bottle was laid down, still was radiant to hypnotize me with its various faces, each of them was reflecting the intention and the temptation of one eye. Hypnôse showed me its face: a trail of obscene and seductive elegance that only a trio perfume, glance and woman would provoke, the scent of rare women, the smell that belongs to modern witches who allure men when wear their perfumes which seem to sparkle on the skin as a boiler that will explode and blind the eyes of any observer, with passion. Hypnôse will blind the man to later give him the irresistible vision of adoring just one unique woman.
Review by Cris Rosa Negra.
Photograph of Hypnôse bottle by Dâmaris Silva
Dâmaris Silva é psychologist, university teacher and photographer from Santa Catarina (Brazil) and is photographer-colaborator for Perfume da Rosa Negra.
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Photo of Hypnose Bottle by Dâmaris Silva . All photo rights reserved
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