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sábado, 4 de agosto de 2007

Arabie, seco como um deserto...


especiariado como uma feira marroquina, pouco frutal como um oásis, pouco frio como o vento que sopra entre as dunas e levemente amadeirado como o cedarwood difundido nas vegetações orientais. Esta é a completude do Arabie! Um perfume com toque oriental razoavelmente marcado, tendo em vista que não é uma fragrância da perfumaria oriental propriamente dita. Arabie tocou muito mais no meu imaginário relacionado a um oásis que o imaginário relacionado a um deserto. De fato, ele é um perfume seco e invernal, no entanto ele se mostrou um perfume que tem um approach quente, através do toque (não) exagerado de frutas e muito mais repleto de especiarias e madeiras. Diria que as notas de saída são muito incendiadas pela canela. Por um bom momento , é necessário conviver esperançosamente com a canela, que lembra potes de especiarias em plena feira de Marrakesh no Marrocos, é necessário este momento antes de chegar a um toque que lembra um jardim das mil e uma noites repleto de frutas e plantas que trazem à memória a madeira de cedro do fundo e algo mais saciável , mais cálido e diferenciado. Posteriormente, o perfume se estabiliza com o leve amadeirado do cedro, com toques insinuantes de noz-moscada É um perfume que requer o desafio de aceitar a pré-orientalidade do mesmo, requer o desafio de atravessar a fronteira que perfumes como esse exigem. Digo isso porque ele não é um attar árabe e não é um amadeirado convencional, no entanto tem o pioneirismo de mesclar o ocidente com o oriente através da ousadia de Serge Lutens, logo imagine-se em um novo espaço, caminhando com minhas palavras iniciais e renda-se a este passeio por diversos retratos desta Arábia, ou melhor, deste Arabie.

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