Esperar o encontro com Kenzo Amour Le Parfum foi a espera por uma contemplação onírica de uma imagem oriental de puro ouro, aquela paisagem capaz de queimar os olhos de tanta paixão, olhando o céu sem nuvens tomado por um sol exacerbadamente luminoso que cega olhos externos e os fazem olhar somente para o interior, o de mim mesma. A fragrância, segundo release da marca, "é uma viagem de amor repleta de luz dourada vinda da Ásia, modela os contornos, imprime doces sombras no interior dos templos". Assim pode ser uma viagem olfativa: uma viagem de sonhos, de amor a mim mesma , pintando as imagens orientais que nascem e morrem em mim, que revelam minhas sombras, que escondem outras, mas que no final da jornada, ressalta a luz e borda cores tão necessárias ao viver.
O frasco dourado, de formas arredondadas evoca um pássaro imaginário e foi criado pelo designer egípcio Karim Rashid . No entanto, este pássaro lembra a silhueta de uma mulher e a mulher é um pássaro. Eu sou mulher, eu quero voar. A liberdade é ter asas em uma imaginação que não quer ser domada, uma imaginação que quer viajar em caminhos desconhecidos. Logo, este corpo tem uma luz própria, um brilho que resplandece na escuridão mesmo que o corpo pareça frágil, perdido no deserto que pode ser a alma. Mas a alma, esta tem vida assim como o corpo que dança, moldado em estonteantes curvas como as ondas rítmicas de uma percussão em meio a incensos misteriosos. Lá está o corpo, querendo a vida, voar sentindo o vento desta exótica terra seca que alimenta, repousar lânguido no pó que faz e se desfaz nas areias do deserto, o pó no qual nascemos e onde morreremos.
Kenzo Amour Le Parfum tem a secura de terras longíquas,envolvidas por ares misteriosos que são como um aroma ritualístico para a mulher. Um pássaro que é oferenda, acima de tudo, eu pássaro me oferecendo a mim mesma nesta viagem by Kenzo. A princípio, esta terra antiga e seca celebra a nebulosidade pesada de vestígios empoeirados onde os mortos divinais podem estar ao meu lado. Os acordes de incenso, patchouli e âmbar são intensos e trazem o peso e suntuosidade à fragrância, ao mesmo tempo que o benjoim de Sião sensual arde a pele, a irritando positivamente para que as asas sejam libertadas assim como as amarras que me prendem em meio à escuridão.
A pungência oriental com sua feminilidade exótica é ressuscitada com a forte personificação da flor de frangipani, também protagonista de Kenzo Amour tradicional e conhecida por ser ofertada a deuses em templos da Ásia assim como outras notas que fazem parte do mix , o arroz e a baunilha. A Frangipani reina dócil e poderosa, ainda com resíduos balsâmicos de âmbar e incenso, tomando conta desta jornada olfativa com a imponência de uma deusa oriental que parece ser incorporada a meu ser, chamando-me para uma concreta ligação espiritual, insistindo para que Kenzo Amour Le Parfum penetre os templos mais escuros de minhas próprias emoções.
O aroma não penetrou-me naturalmente e nem intensamente como Kenzo Amour Tradicional, mas eu o fiz penetrar em mim. O aroma não foi meu oásis, mas ainda assim eu fiz-me oásis a partir dele. O aroma não me iluminou na escuridão olfativa, mas eu fiz-me minha própria luz. Eu sou a imagem oriental dourada no meu onirismo perfumado, a relíquia em carne e osso cujos ancestrais foram deusas com faces de ouro. A mulher do preto e branco dos incensos ao colorido das finas estampas orientais.Eu sou uma mulher-pássaro cujo nariz se transforma em asas nas minhas jornadas olfativas em nome do amor.
Dâmaris Silva é psicóloga, professora universitária e fotógrafa de Santa Catarina (Brasil) e é fotógrafa colaboradora para o Perfume da Rosa Negra.
Fragrância criada by Daphne Bugey(Firmenich). Agradecimento especial para Asssessoria de impresa Kenzo (no Brasil) pelo material de release e sempre Dâmaris pela maravilhosa sensibilidade.
(English version)
Waiting an engagement with Kenzo Amour Le Parfum was the waiting for an oniric contemplation of an oriental pure gold image, a landscape which is able to burn the eyes with so much passion, looking at the sky without clouds and taken entirely by a luminous sun that makes the external eyes blind and also make them looking only to the inner side, my intimate one. The fragrance, according to the release, is "a trip of love replete of golden light coming from the Asia, modeles the contours, transmites sweet shadows in the innerside of the temples". In this way, it may be an olfactory journey: a dreams one, revealing my self-love, picturing the oriental images which are born and die in me, which reveal my shadows and hide them, but that at the end of the journey, point the light out and embroider colors , so necessary to my existence.
The golden bottle, of roundish forms evokes an imaginary bird and was created by the egyptian designer Karim Rashid . Nevertheless, this bird reminds me of the woman's silhouette and the woman is a bird. I'm a bird, I want to fly. The freedom is to have wings in one imagination which does not want to be tamed, an imagination which wants to travel in unknown ways. Therefore, this body has own light, a shininess that sparkles in the darkness even that the body seems to be fragile, lost in the desert which can be the soul. But the soul, this has life just as the body that dances, molded by its dazzling curves as the ritmic waves of a percussion in the middle of mysterious incenses. There the body is erect and mobile, wants life, flies feeling the wind of this exotic dry land that always feed, reposes voluptuously on the dust which is made and unmade in the desert sands, the dust where we are born and where we will die.
Kenzo Amour Le Parfum has the dryness of the remote lands, involved by the mysterious air that is as a ritualistic scent for the woman. A bird that is the sacrifice, above of all, me as a bird offering myself to me in this journey by Kenzo. At first, this old and dry land celebrates the heavy nebulosity of dusty vestiges where the divine deads may be beside me. The chords of incense, patchouli and amber are intense and bring the sultry heaviness and sumptuosity to the fragrance, in the same time a sensual benzoin from Siao burns the skin, irritating it positively in order to the wings be free as well as the chains that make me a prisoner in the middle of the darkness.
The oriental pungency with its exotic feminility is revived with the strong personification of the frangipani flower, also the godness note of Kenzo Amour tradicional and known by being offered to the gods in the temples of Asia as well as other notes which composed this mix, the rice and the vanilla. The Frangipani reigns sweet and powerful, still with balsamic amber residues and incense, taking possession of this olfactory journey with the imposingness of the Oriental Godness that seems to dominate me, calling me to the concrete spiritual connection insisting to make Kenzo Amour Le Parfum penetrate in the dark temples of my emotions.
The aroma did not go in a great way into me as Kenzo Amour , but I made him to reach me. The aroma was not my oasis, but still I made myself oasis through this parfum. The aroma did not illuminate me in the olfactory darkness but I made myself my own light. I am the goldish oriental image in my fragrant onirism, the relic in person whose ancestral were divinities with gold faces. The woman of black and white incenses and also fine colored fabrics of the Orient. I am the bird-woman whose nose is transformed into wings in my olfactive journeys in the name of the love.
Dâmaris Silva is phychologist, University teacher and photographer from Santa Catarina (Brazil) and is colaborator photographer for Perfume da Rosa Negra.
Fragrance created by Daphne Bugey (Firmenich). Special thanks for the Brazilian press of Kenzo for the release material and for Dâmaris by her wonderful sensibility.
O frasco dourado, de formas arredondadas evoca um pássaro imaginário e foi criado pelo designer egípcio Karim Rashid . No entanto, este pássaro lembra a silhueta de uma mulher e a mulher é um pássaro. Eu sou mulher, eu quero voar. A liberdade é ter asas em uma imaginação que não quer ser domada, uma imaginação que quer viajar em caminhos desconhecidos. Logo, este corpo tem uma luz própria, um brilho que resplandece na escuridão mesmo que o corpo pareça frágil, perdido no deserto que pode ser a alma. Mas a alma, esta tem vida assim como o corpo que dança, moldado em estonteantes curvas como as ondas rítmicas de uma percussão em meio a incensos misteriosos. Lá está o corpo, querendo a vida, voar sentindo o vento desta exótica terra seca que alimenta, repousar lânguido no pó que faz e se desfaz nas areias do deserto, o pó no qual nascemos e onde morreremos.
Kenzo Amour Le Parfum tem a secura de terras longíquas,envolvidas por ares misteriosos que são como um aroma ritualístico para a mulher. Um pássaro que é oferenda, acima de tudo, eu pássaro me oferecendo a mim mesma nesta viagem by Kenzo. A princípio, esta terra antiga e seca celebra a nebulosidade pesada de vestígios empoeirados onde os mortos divinais podem estar ao meu lado. Os acordes de incenso, patchouli e âmbar são intensos e trazem o peso e suntuosidade à fragrância, ao mesmo tempo que o benjoim de Sião sensual arde a pele, a irritando positivamente para que as asas sejam libertadas assim como as amarras que me prendem em meio à escuridão.
A pungência oriental com sua feminilidade exótica é ressuscitada com a forte personificação da flor de frangipani, também protagonista de Kenzo Amour tradicional e conhecida por ser ofertada a deuses em templos da Ásia assim como outras notas que fazem parte do mix , o arroz e a baunilha. A Frangipani reina dócil e poderosa, ainda com resíduos balsâmicos de âmbar e incenso, tomando conta desta jornada olfativa com a imponência de uma deusa oriental que parece ser incorporada a meu ser, chamando-me para uma concreta ligação espiritual, insistindo para que Kenzo Amour Le Parfum penetre os templos mais escuros de minhas próprias emoções.
Kenzo amour(rosa) e Kenzo amour le Parfum (dourado)
O aroma não penetrou-me naturalmente e nem intensamente como Kenzo Amour Tradicional, mas eu o fiz penetrar em mim. O aroma não foi meu oásis, mas ainda assim eu fiz-me oásis a partir dele. O aroma não me iluminou na escuridão olfativa, mas eu fiz-me minha própria luz. Eu sou a imagem oriental dourada no meu onirismo perfumado, a relíquia em carne e osso cujos ancestrais foram deusas com faces de ouro. A mulher do preto e branco dos incensos ao colorido das finas estampas orientais.Eu sou uma mulher-pássaro cujo nariz se transforma em asas nas minhas jornadas olfativas em nome do amor.
Resenha por Cris Rosa Negra.
Fotografia de Kenzo Amour Le Parfum por Dâmaris Silva, direitos reservados.
Fotografia de Kenzo Amour Le Parfum por Dâmaris Silva, direitos reservados.
Dâmaris Silva é psicóloga, professora universitária e fotógrafa de Santa Catarina (Brasil) e é fotógrafa colaboradora para o Perfume da Rosa Negra.
Fragrância criada by Daphne Bugey(Firmenich). Agradecimento especial para Asssessoria de impresa Kenzo (no Brasil) pelo material de release e sempre Dâmaris pela maravilhosa sensibilidade.
(English version)
Waiting an engagement with Kenzo Amour Le Parfum was the waiting for an oniric contemplation of an oriental pure gold image, a landscape which is able to burn the eyes with so much passion, looking at the sky without clouds and taken entirely by a luminous sun that makes the external eyes blind and also make them looking only to the inner side, my intimate one. The fragrance, according to the release, is "a trip of love replete of golden light coming from the Asia, modeles the contours, transmites sweet shadows in the innerside of the temples". In this way, it may be an olfactory journey: a dreams one, revealing my self-love, picturing the oriental images which are born and die in me, which reveal my shadows and hide them, but that at the end of the journey, point the light out and embroider colors , so necessary to my existence.
The golden bottle, of roundish forms evokes an imaginary bird and was created by the egyptian designer Karim Rashid . Nevertheless, this bird reminds me of the woman's silhouette and the woman is a bird. I'm a bird, I want to fly. The freedom is to have wings in one imagination which does not want to be tamed, an imagination which wants to travel in unknown ways. Therefore, this body has own light, a shininess that sparkles in the darkness even that the body seems to be fragile, lost in the desert which can be the soul. But the soul, this has life just as the body that dances, molded by its dazzling curves as the ritmic waves of a percussion in the middle of mysterious incenses. There the body is erect and mobile, wants life, flies feeling the wind of this exotic dry land that always feed, reposes voluptuously on the dust which is made and unmade in the desert sands, the dust where we are born and where we will die.
Kenzo Amour Le Parfum has the dryness of the remote lands, involved by the mysterious air that is as a ritualistic scent for the woman. A bird that is the sacrifice, above of all, me as a bird offering myself to me in this journey by Kenzo. At first, this old and dry land celebrates the heavy nebulosity of dusty vestiges where the divine deads may be beside me. The chords of incense, patchouli and amber are intense and bring the sultry heaviness and sumptuosity to the fragrance, in the same time a sensual benzoin from Siao burns the skin, irritating it positively in order to the wings be free as well as the chains that make me a prisoner in the middle of the darkness.
The oriental pungency with its exotic feminility is revived with the strong personification of the frangipani flower, also the godness note of Kenzo Amour tradicional and known by being offered to the gods in the temples of Asia as well as other notes which composed this mix, the rice and the vanilla. The Frangipani reigns sweet and powerful, still with balsamic amber residues and incense, taking possession of this olfactory journey with the imposingness of the Oriental Godness that seems to dominate me, calling me to the concrete spiritual connection insisting to make Kenzo Amour Le Parfum penetrate in the dark temples of my emotions.
The aroma did not go in a great way into me as Kenzo Amour , but I made him to reach me. The aroma was not my oasis, but still I made myself oasis through this parfum. The aroma did not illuminate me in the olfactory darkness but I made myself my own light. I am the goldish oriental image in my fragrant onirism, the relic in person whose ancestral were divinities with gold faces. The woman of black and white incenses and also fine colored fabrics of the Orient. I am the bird-woman whose nose is transformed into wings in my olfactive journeys in the name of the love.
Dâmaris Silva is phychologist, University teacher and photographer from Santa Catarina (Brazil) and is colaborator photographer for Perfume da Rosa Negra.
Fragrance created by Daphne Bugey (Firmenich). Special thanks for the Brazilian press of Kenzo for the release material and for Dâmaris by her wonderful sensibility.
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