A popularidade das fragrâncias doces e facilmente aceitas pelo gosto do consumidor fez com que um dos componentes olfativos mais versáteis e tradicionais da perfumaria, a baunilha, se tornasse cada vez mais comum e sintético. Acrescido o fato que, para muitas composições de perfumes consideradas "mainstream" na indústria, adicionar uma boa overdose de baunilha resolve (ou cobre) o problema da falta de criatividade. Ironicamente, a sensação de solução do problema é meramente aparente. Assim como consequência de uma (over)dose, a fuga ineficaz pode significar a morte no final. Neste caso, a morte lenta da perfumaria e seus gourmandes que mais parecem açucarados que abaunilhados.
Não sou contra a baunilha, pelo contrário, sou uma confessa "boneca" com direito a muitos docinhos abaunilhados de vários tipos e marcas, por isso falo com uma certa propriedade de que, baunilha por baunilha, sempre é bom desenvolver determinado espírito mais crítico do que seria uma distinta e/ou única baunilha, aquelas com um apelo diferenciado e irresistível com o mínimo de esforço, sem exageros olfativos. Um exemplo de bem dosada baunilha está em Vaniglia del Madagascar, de I Profumi di Firenze.
I Profumi di Firenze é uma marca italiana, tradicionalmente um apotecário. Apotecários são aquelas antigas farmácias que não só vendem o produto final como também responde pela criação e produção . No caso de perfumes, elas resgatam a artesania de fabricar fragrâncias, trazendo à memória a importância do farmacêutico na composição manual de perfumes e nos lembrando que, muitos perfumistas e profissionais da atual inteligência olfativa têm como formação a área de farmácia. De fato, eles são verdadeiros alquimistas que ultrapassam as fronteiras do estereótipo de suas formações e a falsa idéia de que um farmacêutico nasceu para elaborar remédios. Quando desenvolvidos em suas carreiras dentro da perfumaria, eles podem trabalhar com fragrâncias e o perfume também é um tipo de remédio para a alma e o coração.
Através das descobertas olfativas do perfumista florentino Giovanni di Massimo em 1966, a marca criou uma linha de fragrâncias inspiradas na época Renascentista, o século XVI de Catherine de Medici, a rainha italiana que imperava na França e que influenciou várias áreas no país, principalmente a perfumaria, a moda e a gastronomia. Ela é uma dama da "repercussão" até hoje e, prova disso, é que I profumi di Firenze une as duas nuances artesanais que as perfumarias francesa e italiana representam como um reflexo das próprias influências da Itália e França na vida de Catherine de Medici.
Vaniglia del Madagascar é uma das principais fragrâncias da marca. Basicamente é um perfume para amantes de baunilha. O foco olfativo principal é a de Madagascar, tanto os ricos grãos quanto a orquídea. É baunilha do início ao fim, com um desenvolvimento mais enquadrado como linear, no entanto é justamente na fidelidade à nota que está a sua principal beleza. A leveza singular e a delicadeza sedutora que acentuam o aspecto controlado da baunilha fazem com que Vaniglia del Madagascar afirme, para os adictos por doses exuberantes da nota, que um bom perfume com baunilha não precisa ser poderosamente doce, porém eficaz e igualmente forte em sua personalidade. O sexy appeal aromático aqui é "menos é mais". Sem dúvidas, a artesania sutil, como em pequenos detalhes, fazem a diferença em um mundo exagerado e massificado.
A fragrância torna-se elegantemente adicta na pele conservando a beleza natural de um aroma abaunilhado floral. No ligeiro desenvolvimento, ela inicia uma baunilha que dá a impressão mais diluída, tamanha a delicadeza, porém o gourmand emana a docilidade de uma rainha em seu estado mais "gentle woman". Surgem na existência belas orquídeas e é possível imaginar Catherine di Medici em um doce jardim, passeando com seu alegre vestido imperial e segurando o guarda chuva de rainha que protege sua sensível pele contra o leve sol matutino. Um imagem doce e bonita.
Ainda que entre flores, Catherine não urge por usar uma fragrância floral, mas urge sentir o calor da baunilha se alastrando pelo seu corpo formalmente coberto. O cálido aroma que tira o sofrimento pelo qual ela também passava, o sofrimento que não faz acepção entre reis e plebeus, rainhas e plebéias, o sofrimento que urge pela doçura.
(English version)
The popularity of sweet fragrances, easily accepted by masses tastes has transformed one of the most versatile and traditional components in the perfumery, the vanilla, into a very common and synthetical scent. Added to that the fact that, many perfume compositions listed as mainstream ones in this industry take a good (over)dose of vanilla in order to solve (or cover) the problem of the creativeness lack. Ironically, there is a false idea of resolved problem, as well as the consequence of any (over)dose and the unefficient fugacity. At the end, this action can represent a death. In this context, the slow perfumery death and its gourmand scents which are sugarier and less vanillic.
I am not against vanilla scents, honestly I am a serious "vanilla doll" with all rights of having vanillic candies of many types and brands, because of that I know what I am talking about when I say that vanilla by vanilla, the best to do is always to develop some critic spirit on what would be a distinctive and unique vanilla, those ones that are irresistibly appealing, with no olfactive exagerations. I Profumi di Firenze Vaniglia del Madagascar is one of these fragrances with some balance in vanilla.
I Profumi di Firenze is an italian brand, traditionally, an apothecary. Aphotecaries are those old pharmacies which are in charge of creating, producing and selling their products. In the case of perfumes, they rescue the artisanship of making fragrances, bringing to the memory the important of a pharmacist in the perfume handmade composition and remind us of many perfumers and others professionals of olfactive intelligence that have a background in pharmacy area. In fact, they are true alchemists who overcome the boundaries of any stereotype on their backgrounds and that false idea which a pharmacist is someone that only compose drug. When they are developed in their careers focusing on perfumery studies, they are able to work with fragrances and, the perfume is also a type of medicine for the soul and heart.
Through the olfactory discoveries of the Florentin perfumer Giovanni di Massimo in 1966, the brand created a range of fragrances inspired by the Renaissance period, the XVI century of Catherine de Medici , the Italian queen who influenced some areas in French, mainly the perfumery, the fashion and the gastronomy. She was the lady of the "repercussion" until now, the proof is that I profumi di Firenze joins the both artisan degrees that French and Italian perfumery arts represent. These degrees also mirror the Italian and the French influences on Catherine de Medici.
Vaniglia del Madagascar is one of the main fragrances of the brand and basically is a perfume for vanilla lovers. The main olfactive focus is the Madagascar vanilla, its beans and the orchid. The perfume has vanilla from the start till the end with a linear development, however the exact feature of Vaniglia del Madagascar is its loyalty to the vanilla note, this loyalty is its main beauty trace. The unique lightness and seductive delicateness that emphasize the controlled vanillic scent just confirms to the vanilla addict audience that love extravagant doses of this note that a good vanilla scent do not need to be overly sweet, but effective and equally strong in its personality. The aromatic sexy appeal here is " less is more". There is no doubts, the subtle artisanship with small details makes the difference in a world where everything is over and mass produced.
The fragrance becomes elegantly addictive on the skin, keeping the natural beauty of a floral vanillic scent. In its fast development, Vaniglia del Madagascar
starts from a vanilla that gives the impression of being dilluted in view of such delicateness, however the gourmand emanates the docility of a queen in her more "gentle woman" state. Beautiful orchids come into existence and it is possible to imagine Catherine di Medici in a sweet garden, walking there ,wearing her royal dress and holding her queen umbrella which protects her sensible skin against a light matutinal sun. A sweet gorgeous image.
Still among flowers, Catherine doesn't urge to wear a floral fragrance, but she urges to feel the warmth of the vanilla possessing her body formally dressed. The aroma of affection which can take the suffering from her and her history, the suffering that does not make acception between kings, queens and plebeians, the suffering that urges for sweetness.
Vaniglia del Madagascar can be wearable for women and men. I Profumi di Firenze fragrances (including samples for purchasing) can be found at Four Seasons Products.
Source: Chenonceau at PBase
Catherine de Medici at Italo Philes
Review Copyright by Cristiane Gonçalves aka Cris Rosa Negra for Perfume da Rosa Negra.
Baunilha de Madagascar
Madagascar Vanilla
Madagascar Vanilla
Não sou contra a baunilha, pelo contrário, sou uma confessa "boneca" com direito a muitos docinhos abaunilhados de vários tipos e marcas, por isso falo com uma certa propriedade de que, baunilha por baunilha, sempre é bom desenvolver determinado espírito mais crítico do que seria uma distinta e/ou única baunilha, aquelas com um apelo diferenciado e irresistível com o mínimo de esforço, sem exageros olfativos. Um exemplo de bem dosada baunilha está em Vaniglia del Madagascar, de I Profumi di Firenze.
I Profumi di Firenze é uma marca italiana, tradicionalmente um apotecário. Apotecários são aquelas antigas farmácias que não só vendem o produto final como também responde pela criação e produção . No caso de perfumes, elas resgatam a artesania de fabricar fragrâncias, trazendo à memória a importância do farmacêutico na composição manual de perfumes e nos lembrando que, muitos perfumistas e profissionais da atual inteligência olfativa têm como formação a área de farmácia. De fato, eles são verdadeiros alquimistas que ultrapassam as fronteiras do estereótipo de suas formações e a falsa idéia de que um farmacêutico nasceu para elaborar remédios. Quando desenvolvidos em suas carreiras dentro da perfumaria, eles podem trabalhar com fragrâncias e o perfume também é um tipo de remédio para a alma e o coração.
Através das descobertas olfativas do perfumista florentino Giovanni di Massimo em 1966, a marca criou uma linha de fragrâncias inspiradas na época Renascentista, o século XVI de Catherine de Medici, a rainha italiana que imperava na França e que influenciou várias áreas no país, principalmente a perfumaria, a moda e a gastronomia. Ela é uma dama da "repercussão" até hoje e, prova disso, é que I profumi di Firenze une as duas nuances artesanais que as perfumarias francesa e italiana representam como um reflexo das próprias influências da Itália e França na vida de Catherine de Medici.
Vaniglia del Madagascar é uma das principais fragrâncias da marca. Basicamente é um perfume para amantes de baunilha. O foco olfativo principal é a de Madagascar, tanto os ricos grãos quanto a orquídea. É baunilha do início ao fim, com um desenvolvimento mais enquadrado como linear, no entanto é justamente na fidelidade à nota que está a sua principal beleza. A leveza singular e a delicadeza sedutora que acentuam o aspecto controlado da baunilha fazem com que Vaniglia del Madagascar afirme, para os adictos por doses exuberantes da nota, que um bom perfume com baunilha não precisa ser poderosamente doce, porém eficaz e igualmente forte em sua personalidade. O sexy appeal aromático aqui é "menos é mais". Sem dúvidas, a artesania sutil, como em pequenos detalhes, fazem a diferença em um mundo exagerado e massificado.
A fragrância torna-se elegantemente adicta na pele conservando a beleza natural de um aroma abaunilhado floral. No ligeiro desenvolvimento, ela inicia uma baunilha que dá a impressão mais diluída, tamanha a delicadeza, porém o gourmand emana a docilidade de uma rainha em seu estado mais "gentle woman". Surgem na existência belas orquídeas e é possível imaginar Catherine di Medici em um doce jardim, passeando com seu alegre vestido imperial e segurando o guarda chuva de rainha que protege sua sensível pele contra o leve sol matutino. Um imagem doce e bonita.
Ainda que entre flores, Catherine não urge por usar uma fragrância floral, mas urge sentir o calor da baunilha se alastrando pelo seu corpo formalmente coberto. O cálido aroma que tira o sofrimento pelo qual ela também passava, o sofrimento que não faz acepção entre reis e plebeus, rainhas e plebéias, o sofrimento que urge pela doçura.
(English version)
The popularity of sweet fragrances, easily accepted by masses tastes has transformed one of the most versatile and traditional components in the perfumery, the vanilla, into a very common and synthetical scent. Added to that the fact that, many perfume compositions listed as mainstream ones in this industry take a good (over)dose of vanilla in order to solve (or cover) the problem of the creativeness lack. Ironically, there is a false idea of resolved problem, as well as the consequence of any (over)dose and the unefficient fugacity. At the end, this action can represent a death. In this context, the slow perfumery death and its gourmand scents which are sugarier and less vanillic.
I am not against vanilla scents, honestly I am a serious "vanilla doll" with all rights of having vanillic candies of many types and brands, because of that I know what I am talking about when I say that vanilla by vanilla, the best to do is always to develop some critic spirit on what would be a distinctive and unique vanilla, those ones that are irresistibly appealing, with no olfactive exagerations. I Profumi di Firenze Vaniglia del Madagascar is one of these fragrances with some balance in vanilla.
I Profumi di Firenze is an italian brand, traditionally, an apothecary. Aphotecaries are those old pharmacies which are in charge of creating, producing and selling their products. In the case of perfumes, they rescue the artisanship of making fragrances, bringing to the memory the important of a pharmacist in the perfume handmade composition and remind us of many perfumers and others professionals of olfactive intelligence that have a background in pharmacy area. In fact, they are true alchemists who overcome the boundaries of any stereotype on their backgrounds and that false idea which a pharmacist is someone that only compose drug. When they are developed in their careers focusing on perfumery studies, they are able to work with fragrances and, the perfume is also a type of medicine for the soul and heart.
Through the olfactory discoveries of the Florentin perfumer Giovanni di Massimo in 1966, the brand created a range of fragrances inspired by the Renaissance period, the XVI century of Catherine de Medici , the Italian queen who influenced some areas in French, mainly the perfumery, the fashion and the gastronomy. She was the lady of the "repercussion" until now, the proof is that I profumi di Firenze joins the both artisan degrees that French and Italian perfumery arts represent. These degrees also mirror the Italian and the French influences on Catherine de Medici.
Vaniglia del Madagascar is one of the main fragrances of the brand and basically is a perfume for vanilla lovers. The main olfactive focus is the Madagascar vanilla, its beans and the orchid. The perfume has vanilla from the start till the end with a linear development, however the exact feature of Vaniglia del Madagascar is its loyalty to the vanilla note, this loyalty is its main beauty trace. The unique lightness and seductive delicateness that emphasize the controlled vanillic scent just confirms to the vanilla addict audience that love extravagant doses of this note that a good vanilla scent do not need to be overly sweet, but effective and equally strong in its personality. The aromatic sexy appeal here is " less is more". There is no doubts, the subtle artisanship with small details makes the difference in a world where everything is over and mass produced.
The fragrance becomes elegantly addictive on the skin, keeping the natural beauty of a floral vanillic scent. In its fast development, Vaniglia del Madagascar
starts from a vanilla that gives the impression of being dilluted in view of such delicateness, however the gourmand emanates the docility of a queen in her more "gentle woman" state. Beautiful orchids come into existence and it is possible to imagine Catherine di Medici in a sweet garden, walking there ,wearing her royal dress and holding her queen umbrella which protects her sensible skin against a light matutinal sun. A sweet gorgeous image.
Still among flowers, Catherine doesn't urge to wear a floral fragrance, but she urges to feel the warmth of the vanilla possessing her body formally dressed. The aroma of affection which can take the suffering from her and her history, the suffering that does not make acception between kings, queens and plebeians, the suffering that urges for sweetness.
Vaniglia del Madagascar can be wearable for women and men. I Profumi di Firenze fragrances (including samples for purchasing) can be found at Four Seasons Products.
Source: Chenonceau at PBase
Catherine de Medici at Italo Philes
Review Copyright by Cristiane Gonçalves aka Cris Rosa Negra for Perfume da Rosa Negra.
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